Como interpretar um laudo de análise físico química

COMO INTERPRETAR UM LAUDO FÍSICO-QUÍMICO DA PURILUB

Um laudo de qualidade se inicia com a coleta e identificação da amostra de óleo a ser analisada. Portanto, preencher corretamente os dados da amostra coletada, assim como enviá-la aos nossos cuidados de acordo com procedimentos descritos neste site é de suma importância.

Os dados do cabeçalho serão tão precisos quanto forem as informações recebidas.

É mandatória a verificação das propriedades físico-químicas, independentemente da aplicação do óleo, há que se comparar o seu estado atual com algum padrão, normalmente se o compara com o óleo novo cujas características serão encontradas na FISPQ ou dados do fabricante ou uma amostra de óleo novo.

Como uma única análise muitas vezes não é conclusiva, recomenda-se que sejam feitas análises periódicas, de acordo com a criticidade do equipamento que o utiliza, e a construção de uma curva de tendência.

O exemplo abaixo é o de um lubrificante de turbina, que tem suas peculiaridades, tanto de formulação quanto a tolerância de contaminantes.
Viscosidade e acidez (T.A.N.) são análises mandatórias, seus resultados podem determinar o descarte do óleo.

No exemplo da figura 2, nota-se a presença de água no teste de crepitação, ou seja, presença de água livre (>300ppm) e, neste caso, uma 2ª análise é necessária para a sua quantificação, recomendamos destilação por ser um ensaio de menor custo cujos valores em percentual são suficientes para a aplicação. Lembrando que em turbinas até 300ppm são toleráveis, o que significa dizer que se não ocorrer a crepitação não há necessidade de se fazer a quantificação.

Obs: para outras aplicações onde a tolerância a presença de água é menor que 300ppm, como hidráulicos, lubrificantes de redutores etc., não se justifica análise por destilação, se não houver crepitação a análise por Karl Fischer é necessária, se houver crepitação não há o que se quantificar uma vez que a presença de água já é acima da tolerada.

Aparência e cor são subjetivas, devem ser sempre referenciadas ao óleo novo, ou seja, um óleo de alta viscosidade e aditivação terá cor escura por natureza, enquanto um óleo de baixa viscosidade será cristalino como água.

Por fim, seu odor indicará se houve contaminação cruzada, ou deterioração devido a esta e, eventualmente, determinará o descarte do óleo

A análise de metais de desgaste, como os mostrados na figura 3 acima, permite ao analista orientar o cliente sobre possíveis problemas no equipamento que emprega o lubrificante, por exemplo, o teor de alumínio na amostragem é considerado excessivamente alto, há que se verificar se a bomba hidráulica, ou de lubrificação, está apresentando alguma anomalia de funcionamento, ruído, vibração, perda de eficiência, entre outros.

O teor de ferro, apesar de não ser alarmante, indica desgaste, ou início de desgaste de equipamentos, possivelmente eixo ou rotor da bomba de óleo, mas podem ser os dentes das engrenagens ou outros componentes.

A sílica, ou silício, é o material mais abundante no mundo, é leve, carregado pelo ar e, se for notada a sua presença na amostra denotará que há algum problema no filtro respiro do reservatório.

A análise dos 14 elementos acima, deve ser sempre comparada com uma amostra de óleo novo, a qual nos indicará quais elementos, que compõe a carga de aditivos*, estão sendo consumidos com o uso.

* Neste caso, infelizmente, o cliente não disponibilizou uma amostra de óleo novo para se construir a referência, portanto, não há como se avaliar o seu consumo. Este ensaio foi ineficaz.

A realização de análises frequentes permite construir uma curva de tendência, e estimar quando o componente em questão será totalmente consumido, para definir uma ação corretiva, como por exemplo a remonta de óleo.

A contagem de partículas, realizada ou por contador de partículas a laser ou com o auxílio de um microscópio, é importante para se determinar a quantidade de partículas sólidas, de dimensão superior a 4 micra, segundo normas, ou ISO 4406 ou NAS 1638, esta última apesar de muito popular deixou de ser atualizada e está caindo em desuso.

Note que, contadores a laser são muito precisos, mas podem acusar falsos positivos, ou seja, se houve microbolhas de ar, excesso de umidade (acima de 300ppm) ou mesmo uma aditivação a base de Ca o contador a laser poderá indicar a presença de contaminante onde não existe. Nestes casos é extremamente recomendável o teste com o emprego de uma membrana (0,45 micra) e microscópio.

Cada equipamento tem uma tolerância distinta com relação a contaminação por partículas sólidas, em nosso site há tabelas comparativas, indicando para os equipamentos e componentes mais comuns, qual o grau de pureza desejado. Veja BLOG neste site.

O parecer técnico da Purilub não se refere apenas ao óleo, mas também ao equipamento que o utiliza. Temos vasta experiência de campo em diversos tipos de equipamentos rotativos, desde redutores de eixos paralelos a redutores planetários, de turbinas a vapor a turbinas aero derivadas, equipamentos hidráulicos em geral, sistemas de lubrificação, entre outros. Conhecemos os produtos e seus materiais, podemos não apenas orientar sobre o que fazer com o óleo, mas de forma proativa, orientar procedimentos de manutenção que evitarão falhas catastróficas no futuro.  

No caso do parecer acima, como viscosidade e acidez não desabonam o lubrificante, pode-se corrigi-lo com procedimentos adequados de purificação e, eventualmente, remonta* de óleo novo. 

*Neste exemplo não pode ser sugerida pois não houve comparação com o óleo novo.

Note, porém, que, como o teor de alumínio é alto, há que se verificar a operação da bomba de lubrificação.

Outras análises:

A análise físico-química acima é a inicial, por exemplo, em turbinas é recomendável que se faça a análise de potencial de verniz – dE, pois é característica a formação de verniz nestes equipamentos.

Em sistemas hidráulicos e de lubrificação que se verifique a demulsibilidade do óleo, ou seja, sua capacidade de separa a água.

Os lubrificantes, geralmente, são descartados muito tempo antes de se esgotarem as suas respectivas vidas úteis, ensaios como RPVOT e, principalmente LSV (conhecido como Ruller) permitem ao analista estimar de forma muito precisa o tempo de vida útil remanescente do óleo. Há casos, comprovados, em lubrificação de turbinas a vapor, em que se observaram após 10 anos de utilização que o óleo preservava 90% de suas propriedades (potencial de vida útil de 100 anos) , mas, infelizmente, este tipo de lubrificante é substituído em média a cada 5 anos, pelo simples fato de não se fazer regularmente a análise do óleo nem de se adotarem procedimentos de manutenção proativa.

COMO INTERPRETAR UM LAUDO FÍSICO-QUÍMICO DA PURILUB

Um laudo de qualidade se inicia com a coleta e identificação da amostra de óleo a ser analisada. Portanto, preencher corretamente os dados da amostra coletada, assim como enviá-la aos nossos cuidados de acordo com procedimentos descritos neste site é de suma importância.

Os dados do cabeçalho serão tão precisos quanto forem as informações recebidas.

É mandatória a verificação das propriedades físico-químicas, independentemente da aplicação do óleo, há que se comparar o seu estado atual com algum padrão, normalmente se o compara com o óleo novo cujas características serão encontradas na FISPQ ou dados do fabricante ou uma amostra de óleo novo.

Como uma única análise muitas vezes não é conclusiva, recomenda-se que sejam feitas análises periódicas, de acordo com a criticidade do equipamento que o utiliza, e a construção de uma curva de tendência.

O exemplo abaixo é o de um lubrificante de turbina, que tem suas peculiaridades, tanto de formulação quanto a tolerância de contaminantes.
Viscosidade e acidez (T.A.N.) são análises mandatórias, seus resultados podem determinar o descarte do óleo.

No exemplo da figura 2, nota-se a presença de água no teste de crepitação, ou seja, presença de água livre (>300ppm) e, neste caso, uma 2ª análise é necessária para a sua quantificação, recomendamos destilação por ser um ensaio de menor custo cujos valores em percentual são suficientes para a aplicação. Lembrando que em turbinas até 300ppm são toleráveis, o que significa dizer que se não ocorrer a crepitação não há necessidade de se fazer a quantificação.

Obs: para outras aplicações onde a tolerância a presença de água é menor que 300ppm, como hidráulicos, lubrificantes de redutores etc., não se justifica análise por destilação, se não houver crepitação a análise por Karl Fischer é necessária, se houver crepitação não há o que se quantificar uma vez que a presença de água já é acima da tolerada.

Aparência e cor são subjetivas, devem ser sempre referenciadas ao óleo novo, ou seja, um óleo de alta viscosidade e aditivação terá cor escura por natureza, enquanto um óleo de baixa viscosidade será cristalino como água.

Por fim, seu odor indicará se houve contaminação cruzada, ou deterioração devido a esta e, eventualmente, determinará o descarte do óleo

A análise de metais de desgaste, como os mostrados na figura 3 acima, permite ao analista orientar o cliente sobre possíveis problemas no equipamento que emprega o lubrificante, por exemplo, o teor de alumínio na amostragem é considerado excessivamente alto, há que se verificar se a bomba hidráulica, ou de lubrificação, está apresentando alguma anomalia de funcionamento, ruído, vibração, perda de eficiência, entre outros.

O teor de ferro, apesar de não ser alarmante, indica desgaste, ou início de desgaste de equipamentos, possivelmente eixo ou rotor da bomba de óleo, mas podem ser os dentes das engrenagens ou outros componentes.

A sílica, ou silício, é o material mais abundante no mundo, é leve, carregado pelo ar e, se for notada a sua presença na amostra denotará que há algum problema no filtro respiro do reservatório.

A análise dos 14 elementos acima, deve ser sempre comparada com uma amostra de óleo novo, a qual nos indicará quais elementos, que compõe a carga de aditivos*, estão sendo consumidos com o uso.

* Neste caso, infelizmente, o cliente não disponibilizou uma amostra de óleo novo para se construir a referência, portanto, não há como se avaliar o seu consumo. Este ensaio foi ineficaz.

A realização de análises frequentes permite construir uma curva de tendência, e estimar quando o componente em questão será totalmente consumido, para definir uma ação corretiva, como por exemplo a remonta de óleo.

A contagem de partículas, realizada ou por contador de partículas a laser ou com o auxílio de um microscópio, é importante para se determinar a quantidade de partículas sólidas, de dimensão superior a 4 micra, segundo normas, ou ISO 4406 ou NAS 1638, esta última apesar de muito popular deixou de ser atualizada e está caindo em desuso.

Note que, contadores a laser são muito precisos, mas podem acusar falsos positivos, ou seja, se houve microbolhas de ar, excesso de umidade (acima de 300ppm) ou mesmo uma aditivação a base de Ca o contador a laser poderá indicar a presença de contaminante onde não existe. Nestes casos é extremamente recomendável o teste com o emprego de uma membrana (0,45 micra) e microscópio.

Cada equipamento tem uma tolerância distinta com relação a contaminação por partículas sólidas, em nosso site há tabelas comparativas, indicando para os equipamentos e componentes mais comuns, qual o grau de pureza desejado. Veja BLOG neste site.

O parecer técnico da Purilub não se refere apenas ao óleo, mas também ao equipamento que o utiliza. Temos vasta experiência de campo em diversos tipos de equipamentos rotativos, desde redutores de eixos paralelos a redutores planetários, de turbinas a vapor a turbinas aero derivadas, equipamentos hidráulicos em geral, sistemas de lubrificação, entre outros. Conhecemos os produtos e seus materiais, podemos não apenas orientar sobre o que fazer com o óleo, mas de forma proativa, orientar procedimentos de manutenção que evitarão falhas catastróficas no futuro.  

No caso do parecer acima, como viscosidade e acidez não desabonam o lubrificante, pode-se corrigi-lo com procedimentos adequados de purificação e, eventualmente, remonta* de óleo novo. 

*Neste exemplo não pode ser sugerida pois não houve comparação com o óleo novo.

Note, porém, que, como o teor de alumínio é alto, há que se verificar a operação da bomba de lubrificação.

Outras análises:

A análise físico-química acima é a inicial, por exemplo, em turbinas é recomendável que se faça a análise de potencial de verniz – dE, pois é característica a formação de verniz nestes equipamentos.

Em sistemas hidráulicos e de lubrificação que se verifique a demulsibilidade do óleo, ou seja, sua capacidade de separa a água.

Os lubrificantes, geralmente, são descartados muito tempo antes de se esgotarem as suas respectivas vidas úteis, ensaios como RPVOT e, principalmente LSV (conhecido como Ruller) permitem ao analista estimar de forma muito precisa o tempo de vida útil remanescente do óleo. Há casos, comprovados, em lubrificação de turbinas a vapor, em que se observaram após 10 anos de utilização que o óleo preservava 90% de suas propriedades (potencial de vida útil de 100 anos) , mas, infelizmente, este tipo de lubrificante é substituído em média a cada 5 anos, pelo simples fato de não se fazer regularmente a análise do óleo nem de se adotarem procedimentos de manutenção proativa.

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